O saldo da balança comercial entre a China e Angola, em 2022, cresceu 23,3% para 27,34 mil milhões de dólares, de acordo com dados avançados nesta Sexta-feira, 28, pelo embaixador chinês acreditado no país lusófono, Gong Tao.
Ao intervir na 1.ª edição do Fórum de Negócios Angola-China (FONAC), o diplomata deu ênfase ao crescimento assinalável do volume de negócios entre os dois países nos últimos 20 anos. Segundo Gong Tao, em 2002, o comércio bilateral entre Angola e China movimentou 150 milhões de dólares, valor que subiu no ano passado para 27,34 mil milhões de dólares.
Estes números, referiu o embaixador, espelham que há já alguns anos consecutivos que a China vem sendo o maior parceiro comercial de Angola, o que tornou o país lusófono segundo maior parceiro [comercial] do ‘gigante asiático’ e maior fornecedor de petróleo bruto em África.
“Nos últimos anos, o café, a cerveja, o granito e outras especialidades de Angola têm surgido sucessivamente no mercado chinês. Paralelamente circulam nas ruas de Angola viaturas de marcas chinesas como Jetour, Changan, Geely, Yutong, e os telemóveis de marcas chinesas como Xiaomi, Huawei e Transsion/Tecno também são os preferidos do povo angolano”, sublinhou, Gong Tao.
Para o embaixador chinês, as conquistas da cooperação económica e comercial entre a China e Angola, nos últimos 40 anos, não podem ser separadas da grande atenção e abertura amigável do governo angolano, da inovação e coragem dos empresários e das responsabilidades de várias associações empresariais.
O diplomata garantiu no evento, que decorreu sob o lema “40 anos de cooperação e relações bilaterais”, que a China continuará a apoiar empresas capazes e reputadas para realizar diversas formas de cooperação de investimento em Angola, especialmente nas áreas produtivas, como agricultura e indústria, participar activamente na construção de infra-estruturas do país e ajudá-las a atingir a diversificação económica, a prosperidade, e as metas de industrialização, aumentando o investimento na formação de recursos humanos e emprego.
“Nos últimos 40 anos, embarcamos em um caminho de cooperação mutuamente benéfica e win-win. Continuaremos a trabalhar lado a lado para promover a cooperação China-Angola e criar novas glórias nos próximos 40 anos”, concluiu.