A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) atingiu, em 2022, um volume de negócios de 12,6 mil milhões de dólares no exercício das suas actividades, indicam dados provisórios avançados nesta Sexta-feira, 24, pelo seu presidente do conselho de administração.
Na habitual conferência de imprensa anual que assinala mais um aniversário da petrolífera angolana, desta vez o 47.º, Sebastião Pai Querido Martins, notou ter sido o maior registo desde a separação da função concessionária, transferida para a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), representando um crescimento de 42% face a 2021.
De igual modo, os dados ainda não auditados indicam que o EBITDA (resultado operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Sonangol obteve um crescimento superior em 44% ao registado no ano transacto, instalando a perspectiva de resultados líquidos positivos.
O PCA da Sonangol justifica o resultado fundamentalmente com a “conjugação das vendas de petróleo bruto e produtos refinados, associados a uma evolução positiva dos preços do barril no mercado internacional”.
De acordo com uma nota de imprensa da empresa chegada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, no ano passado a multinacional angolana cumpriu integralmente com todos os acordos internacionais. Por outro lado, o documento adianta que, no mesmo período, a Sonangol registou um aumento dos níveis de consumo de refinados para 4,5 milhões de toneladas métricas, correspondentes a 18% acima do consumido em 2021, resultante, essencialmente, do retorno da actividade económica.
“Como principais indicadores de desempenho, durante o ano em observação, foram processados na Refinaria de Luanda 17,2 milhões de barris de petróleo bruto, mais 17% relativamente ao ano de 2021, o que resultou em 17% na variação positiva da produção de refinados e, por conseguinte, numa cobertura das necessidades de consumo doméstico de cerca de 30%”, garante a petrolífera no documento.
*Luzia dos Santos