Não será já nos primeiros seis meses deste ano que o Estado angolano deve fechar o processo de privatização da maior empresa de Angola, a petrolífera Sonangol, e a companhia área de bandeira, TAAG, anunciou o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro angolano, Otoniel dos Santos.
De acordo com a estratégia do Programa de Privatizações do Estado (PROPRIV), até ao primeiro trimestre do ano que corre, 15 activos do país devem sair do controlo do Estado e passar a privados, como são os casos da ENSA Seguros de Angola e do Banco Angolano de Investimento (BAI), este último em que o Estado detém uma participação social, por via da Sonangol, acima de 8%.
Para já, e no âmbito deste processo, ficam de fora a venda da Sonangol e da TAAG, cujos processos obedecem a Timings próprios, nomeadamente devido à reestruturação e regeneração em curso.
“As empresas TAAG e Sonangol fazem parte do Programa de Privatizações. A sua privatização não está prevista no grupo daquelas que temos a concluir até ao final do primeiro semestre de 2022. São empresas que estão a preparar todo o seu processo interno e programa de reestruturação e regeneração, para, quando estiverem em condições, poderem ser privatizadas”, projecta Otoniel dos Santos.
Segundo o alto quadro o Ministério das Finanças, o PROPIV tem permitido uma maior participação do sector privado no processo de diversificação e criação de mais emprego.
“Este programa tem como objectivo principal estimular a diversificação da economia e também o aumento do emprego, garantindo assim a participação do sector privado na economia do nosso país. Para além dos 11 activos da Zona Económica Especial, as unidades industriais, temos a ENSA, temos também o BAI para os processos estarem concluídos até ao final do primeiro trimestre”, assegurou o auxiliar de Vera Daves na pasta das Finanças, Otoniel dos Santos.
Para a prossecução da estratégia de venda de activos do Estado, o secretário de Estado assegura que o leilão electrónico vai continuar a ser a principal forma de alienação de activos. Ou seja, para o Governo, o leilão electrónico é um mecanismo que ajuda a acelerar a alienação de muitos activos que estão na lista de privatizações.