O Banco Nacional de Angola (BNA) atribuiu à Unitel uma licença de prestação de serviços de pagamentos móveis, também conhecidos por “Mobile Money”, de modo a disponibilizar opções de transferências de recursos financeiros através de um telemóvel.
O Mobile Money permite que pessoas que não possuem conta bancária ou cartão de crédito possam guardar, receber ou enviar dinheiro por telemóvel, utilizando apenas o sistema SMS.
Fonte da Unitel avança à FORBES que a empresa foi seleccionada para tornar possível as transferências monetárias via telemóvel, destinadas às famílias do município de Quicolungo, Cuanza Norte, a luz do Programa Kwenda.
De acordo com a fonte, com esta atribuição, a Unitel passa a poder usar as suas plataformas para que os seus clientes tenham a possibilidade de pagar determinados serviços sem custo adicional de Internet.
Para o caso do programa Kwenda, onde estão previstas inicialmente a distribuição gratuita de três mil telemóveis àquelas famílias, os valores serão transferidos para a Unitel que, por sua vez, fará a transferência dos mesmos para o telemóvel do beneficiário.
“O responsável da família recebe um código e vai a um agente local da Unitel fazer o devido levantamento do dinheiro”, avança a fonte.
O Programa Kwenda prevê que cada família irá receber mensalmente 8500 kwanzas ou 25.500 kwanzas trimestralmente durante três anos.
O programa está numa fase piloto e conta com um financiamento de 420 milhões de dólares, dos quais 320 milhões do Banco Mundial e 100 milhões do Tesouro Nacional.
No que ainda diz respeito à atribuição da licença à Unitel, esta medida, de acordo com o despacho do BNA publicado hoje, vai ao encontro do Plano Nacional de Inclusão Financeira que passa por garantir à população, um maior acesso à rede de serviços financeiros.
“Depois do lançamento das contas Bankita assim como das contas simplificadas, o Banco Nacional de Angola dá mais um passo visando incrementar o número de cidadãos com acesso a serviços financeiros básicos para o equivalente a 50% da população adulta, até finais de 2022”, lê-se no despacho a que a Forbes teve acesso.