O presidente da União dos Camponeses da Guiné-Bissau, Upa Gomes, afirmou que a sua organização “está contra o preço fixado” pelo Governo para compra da castanha do caju ao produtor.
De recordar que o Governo da Guiné-Bissau determinou, na semana passada, que cada quilograma da castanha de caju, principal produto agrícola e de exportação do país, não poderá ser comprado ao produtor por menos de 300 francos CFA (0,46 euros).
Upa Mendes considerou o preço “muito baixo”, afirmando que vender a castanha de caju a esse valor “não ajudará a combater a fome que atinge neste momento os camponeses”, que constituem a maioria da população guineense.
“Pedimos ao Governo para que reconsidere a sua posição e apresente um preço que possa normalizar a situação da castanha de caju. Na nossa perspectiva, o preço devia ser de 500 francos CFA (0,76 euros) para cima”, declarou citado pela Lusa.
Com a preocupação da União dos Camponeses, fonte da direcção-geral do Comércio terá afirmado à agência de notícias portuguesa que o preço fixado pelo Governo “é fruto de um trabalho participado”, em que “todos os interessados na fileira da castanha do caju deram a sua opinião”.
A mesma fonte notou que o Governo fixou o preço de 300 francos CFA por cada quilograma, “tendo em conta a realidade actual nos mercados africano e mundial de compra e venda da castanha do caju”.
Na próxima Sexta-feira, 15, está prevista a abertura da campanha de comercialização da castanha do caju, na vila de Bula, a 40 quilómetros de Bissau, numa cerimónia em que é esperada a presença, entre outras individualidades do país, do Presidente Umaro Sissoco Embaló.