A Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Sonangol (UNEP) anunciou, há dias, que deu início aos trabalhos preparatórios para a perfuração e avaliação do Bloco KON-11, na Bacia do Kwanza, marco que assinala a retoma da actividade de exploração petrolífera terrestre, em Angola.
“A execução das operações do Bloco KON-11 – sigla resultante da combinação das palavras Kwnaza On Shore – é da responsabilidade de um consórcio constituído pela UNEP, na qualidade de operadora, com 30%, a Brite’s Oil and Gas, com 25%, o Grupo Simples Oil e a Apex, cada uma com 20%, bem como a Omega Risk Solutions Angola, com 5%”, de acordo com um comunicado da Sonangol a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.
A constatação deste feito para a indústria petrolífera angolana, que se destaca pela reactivação do campo que foi descoberto em 1966 e suspendeu as suas actividades na década de 90, foi feita pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo que, acompanhado pelo Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, manifestou a sua satisfação por este desiderato, tendo parabenizado a equipa envolvida pela “proeza”.
“Este projecto está abrangido pela estratégia de exploração que foi aprovada e está a ser implementada”, salientou Diamantino Azevedo, citado na nota.
Por sua vez, o presidente do conselho de administração da Sonangol, Gaspar Martins, sublinhou que, tendo em consideração o facto do campo se encontrar numa zona de conservação natural, a sua instituição garantiu, através de estudos de impacto ambiental, que as operações não causarão danos ao local, nem aos habitantes que residem nas redondezas.
“É nosso apanágio garantir as condições de segurança e preservação e, por termos cumprido com estas medidas, foi-nos concedida a licença ambiental”, observou, fazendo referência à autorização concedida pelo Ministério do Ambiente.
Este projecto destaca-se ainda por ter sido a primeira vez que os estudos de avaliação de um bloco foram feitos exclusivamente por quadros angolanos, facto que orgulha o PCE da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Sonangol, Ricardo Van-Deste.
“A nossa estratégia de exploração prevê o desenvolvimento do capital humano e esta foi a oportunidade perfeita para os nossos técnicos fazerem a avaliação do reservatório, planificação do poço e acompanhamento das operações que será feita também por pessoal nacional”, realçou Ricardo Van-Deste.
No entanto, em caso de resultados promissores, após a perfuração dos poços Tobias 13 que terá início nos próximos dias, o consórcio deverá efectuar um levantamento geológico para melhor mapear as estruturas do Bloco, sem prejudicar o desenvolvimento preliminar destinado ao reinício da produção.