O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou nesta Quarta-feira, 11, que não se irá recandidatar a um segundo mandato, nas próximas eleições presidenciais, entretanto, ainda sem data marcada.
Interpelado pela imprensa, à saída de mais uma sessão do Conselho de Ministro, o ainda chefe de Estado guineense alegou ter tomado tal decisão depois de ter sido aconselhado pela sua esposa.
No entanto, numa altura em que estão apenas marcadas as eleições legislativas para 24 de Novembro do ano em curso, Sissocou Embaló ousou em afirmar que, mesmo não sendo concorrente à sua própria sucessão, Braima Camará, Domingos Simões Pereira e Nuno Gomes Nabiam, também não serão, por entender que “a sua forma de fazer política é superior e mais elegante aos demais”.
Embaló chegou mesmo a garantir que pode até lhe custar a vida, mas o seu sucessor não será nenhuma destas três figuras apontadas acima.
Ainda na mesma comunicação o líder da nação guineense acrescentou que nomeou a filha, Suzana Teixeira Embaló, como sua conselheira especial, por esta ter capacidades e possuir um mestrado pago pelo próprio, oportunidade que diz nunca ter tido.
O Presidente da República aproveitou a ocasião para desvalorizar a polémica em volto à apreensão no seu país de uma aeronave Gulfstream IV, com a matrícula XA-SBT, oriunda da Venezuela, contendo cerca de 2 633,1 kg de cocaína, com cinco tripulantes, e ter aterrado no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, alegadamente sem autorização.
Esta operação, que ocorreu a 07 de Setembro, teve a estreita colaboração da DEA – Drug Enforcement Administration – a Polícia Judiciária e a Guarda Nacional da Guiné Bissau, ao qual Embaló considera que “são coisas que acontecem em várias paragens do mundo”.