O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu, ao discursar na semana passada, em Nova Iorque, na 78.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, uma maior representatividade dos países africanos nas Nações Unidas, adequada ao papel de África no mundo.
Perante líderes mundiais de 193 países, Sissoco Embaló sugeriu a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas que, referiu, “há muito se considera como necessária” e que tomar em conta a posição da União Africana.
O presidente da Guiné-Bissau considerou que a reclamada reforma daquele órgão [ONU] deve garantir uma representação realista e mais justa, em adequação com o papel cada vez mais preponderante da África na construção e manutenção do equilíbrio do mundo.
Embaló manifestou, por outro lado, “grande preocupação” perante o ressurgimento de golpes de Estado e o retrocesso da democracia e do Estado de Direito em alguns países”da sub-região da África Ocidental, “em flagrante violação da livre escolha das populações expressa nas urnas”.
O líder guineense destacou ainda que os chefes de Estado e de Governo africanos continuam a dar prioridade à luta contra a malária, também conhecida como paludismo e que é transmitida através da picada de mosquito.
“Por isso, faço um apelo a África e à comunidade internacional à acção. Se quisermos alcançar as metas globais para 2030 de acabar com as epidemias de malária e alcançar a cobertura universal de saúde, precisamos de agir agora”, declarou. Segundo o Presidente da Guiné-Bissau, o esforço que tem sido feito permitiu evitar, desde 2020, mais de 1,5 mil milhões de casos de malária e 10,5 milhões de mortes.
De recordar que Umaro Sissoco Embaló é há um ano presidente da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária.