Consolação Miguel, directora geral da GCTecnology, start-up responsável pelo desenvolvimento da plataforma, afirmou à FORBES que o principal objectivo da ferramenta é garantir que o ecossistema empresarial seja mais eficiente. A gestora, que é também a inventora, garante que a TULIS é uma solução totalmente inovadora e nunca antes vista no mercado angolano.
“Asseguramos que a empresa registada na plataforma já mais será a mesma, pois, os seus colaboradores serão mais rápidos e eficientes, o que tornará mais eficaz a entrega de documentos, processos e despachos com a digitação sem olhar no teclado do computador”, refere.
A responsável acrescenta que a plataforma é destinada às empresas de qualquer sector, desde que usem como instrumento de escrita um computador, tendo avançado ainda que a criação e o lançamento da ferramenta contaram com um investimento de 5 mil dólares, o que resultou na criação de 25 postos de trabalho. Para subscrição, indicou, basta aceder ao endereço www.gct.ao.
Para além do know-how sobre a digitação, os usuários contam com uma gama de benefícios, tais como a interação num chat interno entre os membros da mesma e de outras empresas, o controlo estatístico de progresso, assim como a criação de anúncios num ecossistema, entre outros, explicou a directora da GCTecnology.
Segundo Consolação Miguel, para a efectivação, foram criados quatro planos com identidades únicas, como é o caso do mais completo ‘ASLI’, com um custo de 504 mil kwanzas mensal por empresa, sendo também o mais caro, e o ‘NALI’, plano mais baixo, em que as empresas podem pagar mensalmente 31 mil kwanzas.
A ideia da criação da plataforma foi da própria Consolação Miguel e surgiu em 2018, quando ia assistir sessões judiciais, enquanto estudante do curso de Direito. “Observava as dificuldades que os escrivães consignavam o que os juízes falavam e isso inspirou-me em criar algo que pudesse facilitar o trabalho daqueles profissionais”, conta. Conforme detalha, em 2018, ao participar de uma sessão judiciária no Tribunal Dona Ana Joaquina, notou que o escrivão manuseava os teclados do computador muito devagar, porque tinha a necessidade de olhar nas teclas o tempo todo e passou-lhe a ideia que não anotava tudo que tinha de ser consignado, pois a juíza falava e não repetia as suas palavras.
De lá para cá, a então estudante de Direito não parou e foi pensando a respeito e consequetemente estudando a matéria até que, neste ano [2020], decidiu lançar a plataforma TULIS, estando previsto o lançamento de mais dois projectos, que não quis especificar, em 2021.