A União Europeia (UE) e o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) financiam com mais de 1 milhão de euros o terceiro Recenseamento Geral da Agricultura são-tomense para a produção de dados estatísticos fiáveis do sector no país.
Do referido valor do financiamento, a União Europeia contribuiu com 970 mil euros, cabendo o restante ao Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
Segundo o embaixador da UE para Gabão e São Tomé e Príncipe, a realização do recenseamento geral agrícola colocará à disposição das autoridades dados estatísticos fiáveis e actualizados sobre o sector, melhorando as ferramentas de planeamento e monitoria das iniciativas para o desenvolvimento da agricultura.
Durante a assinatura da convenção de financiamento do recenseamento, que decorreu na passada semana, São Tomé, a representante da UE sublinhou que o estudo fornecerá, anualmente, dados actualizados sobre a produção e áreas agrícolas, gado e aquacultura, rendimentos domésticos e situação alimentar e nutricional do país, “dotando as autoridades de uma base de dados que apoie a tomada de decisões para investimentos”.
O sector primário emprega mais de metade da população são-tomense, e corresponde em cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e mais de 90% das receitas de exportação do país.
Os únicos recenseamentos agrícolas de São Tomé e Príncipe foram realizados em 1964 e 1990, estando em desacordo com as orientações internacionais.
“Mandam as boas normas e práticas internacionais que os recenseamentos agrícolas tenham lugar de cada dez em dez anos, pelo que se torna claro e evidente que o país reclama pela sua realização, sob pena de se comprometer a eficácia e eficiência aquando da planificação dos grandes eixos prioritários no domínio da agricultura”, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Alberto Pereira, que assinou a convenção de financiamento com os representantes da UE e da FAO.
O terceiro Recenseamento Geral da Agricultura de São Tomé e Príncipe terá a duração de 30 meses e vai abranger também os subsetores das pescas, da pecuária e da silvicultura, sendo que se espera que as suas actividades venham a permitir o fortalecimento das capacidades técnicas e operacionais dos técnicos dos Ministérios da Agricultura e do Plano e Finanças, bem como do Instituto Nacional de Estatística.
Com Lusa