Um total de 1,14 milhões de dólares é o valor que a União Europeia (UE) vai financiar, nos próximos tempos, para a construção de uma fábrica de tratamento de pimenta em São Tomé e Príncipe, para garantir normas de higiene e segurança alimentar e a valorização no mercado internacional, anunciou David Morucci, representante da embaixadora daquele bloco europeu, no país africano.
A primeira pedra da iniciativa foi lançada nesta Sexta-feira, 04, por David Morucci, que esteve acompanhado, aliás, por altos responsáveis do Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural. Isto na cidade são-tomense de Mé-Zóchi, precisamente na zona de Rio Lima.
A infraestrutura vai beneficiar a Cooperativa de Produção e Exportação de Pimenta e Baunilha Biológica (Cepiba) no âmbito do projecto de apoio às fileiras agrícolas de exportação também financiado pela UE, no valor de seis milhões de euros e executado pelo Instituto Marquês de Vale Flor, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural.
Para David Morucci, com as novas instalações, a Cepiba poderá absorver a totalidade da produção da pimenta dos seus associados. “[Isto é] algo que não era possível até à data pela falta de espaço, infraestruturas de apoio para transformação e armazenamento”, disse.
Para o responsável, além de aumento da capacidade de transformação de maiores volumes de pimenta, a Cepiba poderá garantir, durante o processo, o cumprimento das normas de higiene e segurança alimentar que são essenciais para a comercialização e a valorização do produto de excelência de São Tomé e Príncipe no mercado internacional.
O representante da EU assegurou que “o projecto adopta uma abordagem da agricultura sustentável e adaptação às mudanças climáticas” para consolidar as fileiras agrícolas tradicionais de São Tomé e Príncipe, “tais como o cacau e a baunilha”, mas também as não tradicionais, incluindo “o desenvolvimento das infraestruturas rurais, a capacitação de pequenas organizações, a igualdade de género e a promoção da integração e da inovação”.
“A União Europeia apraz-se com este apoio que contribui para a implementação dos planos nacionais do desenvolvimento da República de São Tomé e Príncipe que definem como um dos seus principais objectivos o aumento da produção e diversificação das cultivações alimentares e a expansão da cultivação de exportação”, disse David Morucci.
Por sua vez, o ministro da Agricultura de São Tomé e Príncipe, Francisco Ramos, assegurou durante o lançamento da primeira pedra para a construção da fabrica , que a infraestrutura vai criar condições para que a cooperativa da pimenta possa responder às exigências do mercado com a sua produção.
“Esta unidade de preparação tem imensa importância para todos”, sendo que o Governo está “a criar condições para garantir a qualidade”, mas “a quantidade e regularidade [da produção] dependem dos produtores de pimenta”, considerou o governante