O volume das trocas comerciais entre Angola-China (CAC) atingiu em 2022 cerca de 30 mil milhões de dólares, os dados foram avançados pelo presidente da Câmara de Comércio, Luís Cupenala.
Ao discursar, durante a Gala de Festival da Primavera 2023, alusiva ao 3º aniversário da Associação Geral de Empreendedores de Chuan Yu da China em Angola, enquadrado nas celebrações dos 40 anos das relações bilaterais entre Angola e a República Popular da China, esclareceu que os investimentos são reveladores da consistência e ascendente existente no fluxo de negócio entre os países.
“Estamos em crer que, até ao fim de 2022, as trocas comerciais terão atingido 30 mil milhões de dólares. Isso significa que há, de facto, o fomento do investimento privado em Angola, crescimento da economia, aumento e geração da riqueza nacional, alargamento da renda das famílias e a dinâmica da economia”, disse, sublinhando em seguida que, tal realidade, tem proporcionando, também, oportunidade para o fomento do empreendedorismo e da empregabilidade.
Luís Cupenala garantiu que a presença do investimento privado na relação entre os dois países é “muito forte”, tendo destacado o permanente crescimento das trocas comerciais.
O presidente revelou ainda que os dados estatísticos fornecidos pelo Ministério do Comércio da China, em 2020, apesar da Covid-19, indicarem que o stock de investimento estava a volta de 2.71 mil milhões de dólares, em fábricas, centros comerciais e centros tecnológicos, realçando que a cifra subiu para 2.77 mil milhões de dólares, em 2021, sem incluir o sector petrolífero.
“Estamos a falar em 200 milhões de dólares do fluxo de investimento privado directo da China para Angola só em 2021. Portanto, em 2022, nos primeiros dez meses, ou seja, até Outubro, o fluxo de investimento privado atingiu os 295 milhões de dólares, tendo o stock de investimento atingido 24 mil milhões de dólares, incluindo o sector petrolífero”, esclareceu.
O responsável da Câmara de Comércio Angola – China sublinhou que os números revelados por si, atestam, em absoluto, que houve um crescimento exponencial duramente o ano de 2022 e, que, nos próximos cinco anos, com o aprofundar das relações entre os dois países, há perspectivas de aumentarem ainda mais.
“Há investimento privado muito grande, com perspectivas de surgirem novos centros comerciais, centros tecnológicos, fábricas a serem construídas e acho que o que nos anima é a estratégia e o posicionamento da China para o continente africano, para o mundo e, essencialmente, para Angola”, finalizou.