A Fundação da Família Ichikowitz (FFI), com sede em Joanesburgo, anunciou através de uma sondagem, denominada “Inquérito à Juventude Africana 2024” que cerca de três em cada cinco jovens africanos pondera emigrar nos próximos três anos.
De acordo com o relatório, os jovens que pensam em emigrar são motivados principalmente por razões económicas (43%) – como a procura de emprego – e por oportunidades na área da educação (38%) – como o poder prosseguir estudos.
“O rápido crescimento da força de trabalho, aliado a um crescimento lento do emprego, desencadeia a migração dos jovens. Juntamente com uma educação de má qualidade, os jovens africanos têm poucas opções a não ser emigrar para outros países para atingirem os seus objetivos”, referiu as Nações Unidas (ONU), citada no documento.
Segundo a Lusa, a fundação, que realizou o estudo em 16 países, não constando os africanos lusófonos, indicou que, a corrupção é considerada a principal motivação para os jovens emigrarem na África do Sul (38%) – país que faz fronteira com Moçambique – e no Gabão (32%).
O inquérito terá ainda constatado que, fora de África, os Estados Unidos da América (37%) e o resto da América do Norte (Canadá ou México) (30%) são, de longe, os destinos mais apelativos para os jovens africanos que estão a pensar emigrar.
“Embora a Europa seja um destino menos popular para os que pretendem emigrar, os que manifestam o desejo de se mudarem para esta região citam a França (41%) ou o Reino Unido (34%) como os destinos mais apelativos, provavelmente devido aos conhecimentos linguísticos existentes e às ligações profundamente enraizadas que estes países têm com muitas nações africanas”, refere o relatório.
*Napiri Lufánia