O apoio e capacitação de jovens empreendedores tem sido uma aposta para muitas instituições, entre elas os bancos, que não têm medido esforço para ver nascer novos serviços e soluções, num mercado como o angolano, que se encontra em crescimento nas mais variadas áreas de negócio.
A FORBES tem vindo a acompanhar o surgimento crescente de incubadoras que visam apoiar o mercado de start-ups. Nesta senda, a Disruption Lab – Powered by ATLANTICO, uma incubadora e aceleradora de start-ups nacionais, se propõe em realizar, até Agosto próximo, um programa de acompanhamento, suporte e capacitação de novos empreendedores, com o propósito de ajudá-los a transformarem as suas ideias em negócios.
O referido programa de mentoria destina-se a empreendedores que tenham uma ideia de negócio, com ou sem um Produto Mínimo Viável, MVP na sigla em inglês, em que seja identificado algum potencial.
De acordo com uma nota da organização, os trabalhos terão uma duração de seis meses e, sem revelar nomes, indica que estão selecionadas para o efeito seis start-ups, com ideias ou projectos identificados na fase de inscrição. No final do programa, o Disruption Lab pretende validar e inserir no mercado nacional soluções de base tecnológica que resolvam problemas reais do dia-a-dia dos angolanos.
“O nosso foco é trabalhar a vertente conceptual dos projectos, afinar a proposta de valor e construir o modelo de negócio através de bootcamps”, aponta Alcina Castilho, Project Manager do Disruption Lab, que acrescenta, “queremos que os projectos ou ideias que estamos a acompanhar e apoiar se transformem em negócios que entreguem valor ao mercado”.
Contactada pela FORBES, Anabela Marcos, directoria-geral da GP – Gestão Profissional, uma start-up que caminha já para uma média empresa virada para a intermediação da oferta e procura por mão-de-obra especializada, considera que o ecossistema de start-ups no país tem dado passos significativos.
“Temos visto acontecerem e surgirem iniciativas muito importantes nos últimos anos. Tem crescido o diálogo, aproximação e investimento por parte do mundo corporativo e do Estado, por meio de diversas iniciativas, assim como eventos de caris internacional que dão visibilidade às start-ups angolanas”, afirma a empreendedora, que enaltece também as acções que têm sido desenvolvidas em parceria com instituições de ensino.
O Disruption Lab foi lançado em Maio de 2019, tornando-se no primeiro laboratório digital em Angola. Com iniciativas como esta, pretende reforçar o seu compromisso de promover um ecossistema de fomento ao empreendedorismo e inovação digital em Angola, através da agregação de competências originadas nas startechs, universidades e instituições financeiras, nacionais e internacionais.