O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, defendeu esta semana, na Austrália, a realização de um estudo independente, comissionado pelas empresas do consórcio do Greater Sunrise, para avaliar de forma definitiva as questões técnicas, económicas e financeiras do desenvolvimento do projecto.
Em declarações à Lusa no final da visita de Estado à Austrália, Ramos-Horta considerou que um estudo independente, reconhecido por todos, “que prove por A+B que a opção para Timor-Leste primeiro”, é viável do ponto de vista técnico, com todas as garantias de segurança, e um estudo sobre os custos da opção de trazer o gasoduto para a Austrália, mostrando-se convicto de que “é possível encontrar uma solução para o actual impasse”.
Independentemente da solução que venha a ser implementada, o Presidente de Timor-Leste assegurou que o Governo deve mostrar “inteligência apurada e activismo sério” para resolver problemas que obstaculizam investimentos no país.
“Os líderes políticos e a ampla maioria da cidadania defendem o gasoduto para Timor-Leste, tanto pelos benefícios directos, como pelos indirectos, permitindo accionar toda uma série de possíveis indústrias e criar a tal tão almejada diversificação da economia”, explicou.
Durante a sua visita, o Presidente timorense insistiu nas ramificações vantajosas de levar o gás para Timor-Leste, o que permitirá dinamizar a economia de Timor-Leste, tornando o país um pequeno hub da energia na região.
Timor-Leste detém 56,6% do Greater Sunrise, localizado a 150 quilómetros a Sudeste do país e a 450 km a noroeste de Darwin (Austrália), em parceria com Woodside (34,44%) e a Osaka Gas (10%).




