Num sector com níveis de crescimento acima da economia, 18 companhias estão a alargar o seu posicionamento no país para assegurarem o seu quinhão num mercado onde a ainda baixa maturidade potencia o crescimento do negócio. De tal forma que outras 11 aguardam licenciamento para se colocarem a terreiro.
Desde a liberalização do mercado em 2000 que a concorrência está cada vez mais apertada. A ENSA, que até então liderava a indústria seguradora de forma monopolista, continua a ter a maior fatia, mas é seguida de perto pela GA Angola Seguros, símbolo da atractividade que o sector tem para o exterior: há três anos, a companhia liderada por Paulo Bracons recebeu um parceiro vindo do Norte do continente que, espera o presidente executivo da empresa, poderá adicionar expertise do negócio por força da sua experiência internacional.
No quadro que traçamos sobre um sector que vem beneficiando das particularidades do país, como a classe média mais capacitada financeiramente e a evolução da banca – ainda que nem tudo sejam rosas, como explicamos –, trazemos testemunhos de vários dos principais players. Estes responsáveis acreditam num “enorme” crescimento a médio prazo, mas notam que o crescimento e consolidação exigem acção. Desde logo António Gomes, especialista no sector, que diz que “ainda são poucas as pessoas que se preocupam em ter um seguro”. Uma característica comum à região: como lhe explicamos, a África Subsariana contribui com apenas 0,2% do total dos prémios cobrados a nível mundial.