Políticos e especialistas africanos e dos Estados Unidos debatem a partir desta Terça-feira, em Washington, a sustentabilidade da Floresta do Miombo numa conferência internacional organizada por Moçambique que contará com a presença do Presidente moçambicano.
A Conferência Internacional sobre o Maneio Sustentável e Integrado da Floresta do Miombo arranca hoje com uma reunião ministerial e painéis de discussão e conta na quarta-feira, no encerramento, com uma intervenção do chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e a adoção verbal da Declaração de Compromisso com a Iniciativa das Florestas de Miombo.
A Floresta de Miombo cobre dois milhões de quilómetros quadrados e abrange onze países da África Austral, incluindo Moçambique e Angola, resultando a conferência da iniciativa de Filipe Nyusi, que, em Agosto de 2022, reuniu os líderes de outros dez países na “Declaração de Maputo sobre a Floresta de Miombo”, para promover uma abordagem comum para a “Gestão Sustentável e Integrada das Florestas do Miombo e a Proteção da Bacia do Grande Zambeze”.
Segundo a organização, esta conferência, que contará com a presença de membros do congresso norte-americano e dos parlamentos africanos, pretende promover oportunidades de investimentos no quadro da implementação da Declaração de Maputo, visando o alcance das metas sobre as mudanças climáticas, conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável integrado.
“O principal objectivo da conferência é promover o potencial da Floresta do Miombo em contribuir para os esforços globais para alcançar metas sobre mudanças climáticas, conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável integrado”, explicam os promotores.
A Florestas de Miombo fornece inúmeros bens e serviços que garantem a subsistência de mais de 300 milhões de habitantes destes países, incluindo pastagens tropicais e subtropicais, moitas e savanas, constituindo o maior ecossistema de florestas tropicais secas do mundo.
Em Moçambique, diz a Lusa, a Floresta de Miombo alarga-se da parte norte de Inhambane às províncias de Manica, Tete, Sofala e Zambézia, zona centro, e Nampula, Niassa e Cabo Delgado, na região norte do país.