A Sun Africa, multinacional americana, vai receber um financiamento de 1,6 mil milhões de dólares (aproximadamente 1,4 mil milhões de euros) do Export-Import Bank dos Estados Unidos (EXIM Bank) para a implementação de projectos de energia solar na zona sul de Angola. O anúncio foi feito durante a Conferência sobre a Coordenação do Apoio ao Corredor do Lobito, que decorreu no Lobito, na província de Benguela, onde se discutiram iniciativas que ligam Angola às zonas de minerais da República Democrática do Congo e da Zâmbia.
Eguinilson da Silva, representante da Sun Africa, afirmou que este investimento irá beneficiar mais de 65 comunidades locais, com uma capacidade instalada de 220 megawatts de energia limpa. O projeto também inclui um componente de abastecimento de água, que atenderá mais de 448 localidades.
De acordo com a Lusa, para garantir a sustentabilidade do projeto, a Sun Africa implementou um sistema de armazenamento de baterias, permitindo o fornecimento de energia durante a noite. “A maior parte do financiamento será alocada para a execução do projeto que irá beneficiar toda essa população de mais de 1,5 milhões de pessoas”, sublinhou Eguinilson da Silva.
Durante a conferência, a Sun Africa partilhou a sua experiência e o seu compromisso com as estratégias do governo angolano, irá aumentar a eletrificação no país através de energias limpas. A empresa já iniciou um projecto para o Corredor do Lobito, actualmente em fase embrionária, que prevê o acesso à eletricidade e água tratada em mais de 250 localidades nas províncias de Benguela, Bié, Huambo e Moxico.
Desde a sua chegada a Angola em 2018, a Sun Africa tem desenvolvido os seus projectos principalmente com fundos próprios, contando com parcerias e vislumbrando novos investimentos, uma vez que os Estados Unidos demonstram interesse na parceria geoestratégica com Angola. Eguinilson da Silva destacou que este é apenas o início de investimentos significativos em energias renováveis no país, referindo-se ao “Projecto Solar de Angola”, o maior na África Subsariana, que produz 370 megawatts de energia renovável e evita a emissão de 935.953 toneladas de carbono anual.