São Tomé e Príncipe é palco durante dois dias da 24ª reunião dos Chefes de Estado Maior General das Forças Armadas da CPLP. Este é o momento em que São Tomé e Príncipe assume a presidência rotativa para um mandato de umano.
Dunaciano Costa Gomes, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas de Timor Leste, desejou êxitos a São Tomé e Príncipe e fez um balanço positivo dos trabalhos desenvolvidos pelo seu país:“Um balanço satisfatório apesar das reuniões terem sido feitas de forma virtual. Fizemos o nosso melhor e os trabalhos feitos à volta desta 24ª reunião foi considerado um sucesso”.
Por outro lado, João Pedro Cravid, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe mostrou-se satisfeito com o facto do país assumir a presidência deste órgão e avançou que “é uma distinção presidir a este órgão da componente defesa da CPLP. Desejo que o desenrolar dos trabalhos e as consequentes declarações finais seja o culminar da expectativa e os ensejos de cada país membro. Enfatizo a determinação, empenho como presidente deste órgão, em assegurar as medidas que se mostrem necessárias a implementação das deliberações tomadas”, frisou
João Pedro Cravid agradeceu o anterior presidente pela forma como “conduziu este órgão durante o último ano, realçando o excelente trabalho que muito prestigia, honra e realça a importância desta comunidade de países de língua portuguesa a que todos pertencemos”, reforçou.
Esta é a primeira reunião presencial pós pandemia da Covid-19. Um evento que visa analisar e discutir a situação político-militar e questões internacionais de defesa e segurança com eventuais implicações para os Estados da CPLP e a monitorização anual do plano de acção.
Dunaciano Costa Gomes avançou que a CPLP tem diferentes níveis de desenvolvimento “das forças armadas e com este encontro poderá proporcionar potencialidades entre os países membros e poderemos apoiar-nos. Além disso, os temas em análise são pertinentes. Vamos analisar a necessidade de se estender as actividades do centro de análises estratégicas, assim como a oferta de formação dos países membros no quadro de capacitação dos recursos humanos dos países membros da CPLP”, frisou Costa Gomes.
Este órgão militar da CPLP tem como objectivo apreciar a evolução da questão da defesa nos Estados-membros, analisar as questões internacionais e as implicações político-militares. No contexto regional, os Estados membros da CPLP devem submeter a reunião dos ministros da defesa propostas relativas a componente da defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no domínio militar.
O Presidente da República e o Comandante Supremo das Forças Armadas, Carlos Vila, que presidiu à sessão de abertura dos trabalhos exortou para que sejam cumpridas as “expectativas e salvaguardadas as posições de cada um dos soberanos Estados-membros. Além da língua, todos os países da CPLP têm o mar como uma extensão de identidade terrena, como uma porta para o mundo e que liga os 9 países”, disse.
Para Carlos Vila Nova cada Estado membro deve lutar para garantir a soberania, uma vez que as questões de segurança marítima estão na ordem do dia.
“ O domínio marítimo deve prevalecer no centro da atenção política de defesa nacional das organizações internacionais a que pertencemos. Num contexto de múltiplos desafios securitários o Atlântico destaca-se como um espaço privilegiado de relevância geoestratégica com o especial enfoque para o Atlântico sul e o Golfo da Guiné. Tem ocorrido muitos actos de pirataria no Golfo da Guiné. Também o oceano Índico ocidental tem sido alvo de acções de pirataria e assaltos a mão armada sobre navios comerciais” rematou o Presidente da República de São Tomé e Príncipe
A questão de segurança marítima e dos recursos marítimos é um assunto que este fórum colaborativo de chefes das Forças Armadas da CPLP tem dado especial atenção visando sempre a segurança no domínio da defesa destes 9 Estados membros, uma vez que sem segurança não há desenvolvimento sustentável no espaço da CPLP.
O programa de actividade desta 24ª reunião dos CEMGFA comtempla exercício felino, fórum de saúde militar e encontros de cortesia com as autoridades são-tomenses.
Tomam parte neste evento Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, e Timor-Leste. Guiné Bissau e Guiné Equatorial não se fizeram presente.