O número de empresas chinesas em Angola, até agora, cresceu para mais de 400 e o stock de investimento ultrapassam 24 biliões de dólares, abrangendo vários sectores, avançou nesta Sexta-feira, em Luanda, o embaixador da China no país, Gong Tao.
De acordo com o diplomata, que falava na abertura do 1.º Fórum de Negócios Angola-China (FONAC), que decorre sob o lema “40 anos de cooperação e relações bilaterais”, na área da agricultura, as empresas investiram e operaram várias fazendas em Angola, “experimentaram com sucesso” o plantio de sorgo vitivinícola e alcançaram “uma colheita abundante” de arroz híbrido de alto rendimento.
“Em termos de indústria, motocicletas, ar condicionado e produtos químicos domésticos investidos e produzidos por empresas chinesas são populares entre os consumidores angolanos”, continuou Gong Tao, referindo que Angola estabeleceu as primeiras fábricas de placas de gesso e de telhas e cerâmica para preencher a lacuna na indústria e promover a exportação e a diversificação.
No ano passado, lembrou o embaixador da China em Angola, o Presidente João Lourenço assistiu à inauguração do Parque de Ciência e Tecnologia da Huawei, um investimento total de 80 milhões de dólares, e as empresas chinesas como CHINANGOL, Anxing e ZTE investiram em táxi online e plataformas de pagamento, linhas de montagem de telemóveis, entre outros.
“Temos muito orgulho em afirmar que o investimento da China criou um grande número de empregos locais e receitas fiscais que promoveu fortemente o desenvolvimento económico sustentável de Angola.”
Por sua vez, o presidente da Câmara de Comércio Angola-China, Luís Cupenala, destacou que o ‘gigante asiático’ desempenhou “um papel inalienável e crucial nos alicerces do projecto angolano”, ao financiar a construção e reconstrução de infraestruturas básicas do país, que considera de “principais artérias que permitiram a reanimação da economia”, com a retoma da normalidade da circulação de pessoas e bens, o exercício da actividade do comércio, da indústria, da agricultura e a criação do ambiente de negócios para a atracção do investimento estrangeiro directo.
“Os investimentos em projectos, tais como o caminho-de-ferro de Benguela, com 1.300 km de linha, o caminho-de-ferro de Luaanda (479 km), o caminho-de-ferro de Moçamedes (756 km), a barragem de Caculo Cabaça que irá gerar 2171 mgw, o porto do Caio de Cabinda, o Aeroporto Internacional Agostinho Neto, as centralidades habitacionais em todo país, são entre outros, activos de interesse económico e social que constam do acervo histórico desta cooperação”, detalhou.
Para Luís Cupenala, o sector empresarial angolano regista uma melhoria na carteira de investimentos em projectos, com maior destaque para os sectores de construção, agricultura, pescas, pecuária, imobiliário, comércio, indústria, saúde, educação, hotelaria e turismo, energia, mineração, telecomunicações, petróleo, representantes de concessionárias de várias marcas de viaturas e equipamentos de construção civil e minas.
Segundo as estatísticas da Agência Angolana de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), a China ocupa o quarto lugar entre os países fontes de investimento de 2018 a 2022.