A petrolífera estatal angolana Sonangol pretende, em 2022, criar projectos que visam a redução de emissões de carbono e tenciona também reforçar as usa presença nas operações de petróleo e gás, segundo revelou em entrevista à FORBES, o seu presidente do conselho de administração, Sebastião Gaspar Martins.
“Para 2022 os desafios são muitos, mas deixa-me destacar o interesse da Sonangol em sair dos 2% para os 10% em termos de participação na operação de petróleo e gás e garantir a nossa continuidade no aumento da nossa intervenção ao nível da operação de campos petrolíferos e gás”, disse.
Sebastião Martins referiu que a Sonangol tem ainda o compromisso de, no próximo ano, com a transição energética, realizar projectos eficazes, com impactos que permitam que as emissões de carbono sejam reduzidas.
Sobre a privatização da maior empresa pública do país, o gestor garantiu que o processo prossegue nos seus diferentes níveis. “A privatização da Sonangol prossegue, não só a nível dos activos não nucleares da nossa actividade, como na redução dos vários interesses participativos, onde nós pensamos que, do ponto de vista da avaliação do nosso portfolio, permite que nós possamos manter a presença, mais sem um peso elevado na nossa balança em termos de estruturas de custos”, explicou.
Por outro lado, convidou os investidores a apostarem no sector petrolífero angolano, alegando que o país tem um “ambiente propício” para investimentos neste segmento. “Continuem a apostar em Angola, porque temos um ambiente que é propicio para podermos desenvolver em conjunto e garantir receitas para diversificar a economia”, enfatizou.