A petrolífera angolana Sonangol e a francesa TotalEnergies assinaram, há dias, um acordo de cooperação para lançar uma campanha de detecção de metano com o recurso a um drone. À luz do acordo, as duas empresas assumem o compromisso de identificar, quantificar e reduzir as emissões de metano das suas actividades de exploração.
De acordo com a nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, a campanha-piloto inicia em Novembro no Bloco 3/05 e envolve a utilização da tecnologia AUSEA (Airborne Ultralight Spectrometer for Environmental Applications) desenvolvida pela TotalEnergies e pelo Centro Nacional Científico de Pesquisa Francês (CNRS), que permite uma detecção de alta precisão e qualificação de emissões de metano e dióxido de carbono das instalações petrolíferas.
Com esta parceria, refere o documento, a Sonangol e a TotalEnergies associam-se para dar suporte à descarbonização da indústria petrolífera angolana.
Citado no comunicado, o PCA da Sonangol, Gaspar Martins, considera que o acordo de cooperação mostra, “acima de tudo”, um compromisso das duas empresas para as futuras gerações.
“Com a tecnologia providenciada pela TotalEnergies, faremos o nosso melhor para assegurar que as emissões de metano e dióxido de carbono são controladas com maior precisão. Assumimos essa responsabilidade de peito aberto com a certeza de que juntos, além deste projecto piloto, outras parcerias importantes virão”, disse Gaspar Martins.
Por sua vez, a director-geral da TotalEnergies em Angola, Martin Deffontaines, sublinha que a a empresa que dirige “está orgulhosa com a assinatura do acordo”, sublinhando que a indústria petrolífera “tem a ambição colectiva de trabalhar para se ter zero emissões de metano.
“É um dever comum para empresas internacionais e nacionais e a TotalEnergies quer estar na vanguarda desta ambição, propondo acções concretas. Estamos muito contentes de partilhar a nossa experiência e a nossa tecnologia altamente reconhecida com o nosso parceiro estratégico, a Sonangol P&P, para apoiar os esforços de descarbonizar as suas operações e, juntos, contribuir para providenciar uma energia mais limpa para Angola”, realçou o gestor da petrolífera francesa.