Senhor ministro qual o balanço que faz desta presença de Angola em Washington a propósito da Assembleia Geral da ONU?
Extremamente positivo, porque nos permitiu solidificar o papel de Angola em África e no mundo, quer pelos esforços que tem desenvolvido para a pacificação do nosso continente, quer pela localização que lhe permite assumir-se como o mais relevante hub de ligação entre o oceano Atlântico e o Oceano Índico e com isso contribuir para o funcionamento global de uma das rotas comerciais mais disputadas do mundo, quer ainda pelo empenho que vem colocando no desenvolvimento de sectores chave da economia em parceria com o sector privado nacional e internacional ao longo do Corredor do Lobito, transformando-o com isso num verdadeiro corredor de desenvolvimento.
Em relação ao corredor do Lobito fechou-se o acordo com o AFC e assim também o triângulo Angola/Congo/ Zâmbia. Quais os próximos passos?
Seguir-se-ão agora os procedimentos habituais em contratos desta natureza, para que as partes envolvidas possam assumir as suas responsabilidades e trabalhar conjuntamente para o arranque do projeto. Acreditamos que será célere, devido à importância do projeto, para o funcionamento da rota intercontinental que possibilitará a países como a República Democrática do Congo e a Zâmbia comercializarem os minerais críticos de que dispõem nos mais relevantes mercados internacionais.
E, já agora, estamos a 15 dias da visita de Joe Biden a Angola. O que representa Angola?
Representa o reconhecimento do papel que Angola tem desempenhado como um dos atores mais relevantes para a paz e a estabilidade em África, representa o reconhecimento das excelentes relações diplomáticas entre os dois países, representa a consagração do nosso país como um destino seguro para o investimento de mais empresas americanas, para além das petrolíferas, que já nos conhecem e sabem que somos cumpridores em termos de estabilidade e de condições contratuais. E, sobretudo, representa a vitória do trabalho, do empenho e do esforço colocado pelo nosso Presidente João Lourenço na relação com os Estados Unidos da América, que são obviamente um dos países mais importantes do mundo.