A fábrica angolana de mosaico e azulejo, Sino-Ord, está à procura de fornecedores de papel reciclado para a sua indústria, preferencialmente empresas que estejam situadas nos países da África Austral, disse a gerente da sociedade, Alice Zhang.
Actualmente, avançou a gestora, toda a matéria-prima de embalagem de mosaicos e azulejos da empresa é proveniente da China e da Índia, mas, justificou, é geograficamente muito distante, por isso, preferem a instalação de linhas de produção da matéria-prima em Angola, e com isso reduzir os níveis de importação.
“Estávamos a procurar fornecedor de papelão em rolos, mas agora decidimos instalar uma linha de produção de matéria-prima de embalagem em Angola. Por isso, procuramos agora por fornecedor de papel reciclado”, justificou a gestora em entrevista à Angop.
A fábrica, localizada na comuna da Barra do Dande, província do Bengo, a Norte de Luanda, capital de Angola, conta com uma capacidade de produção instalada de 40 mil metros quadrados de mosaico e de azulejo por dia, mas por causa da Covid-19 ficou reduzida a 50%, e produz actualmente 20 e 22 mil metros quadrados de mosaico e azulejo por dia.
A indústria, considerada pela gestora como sendo a maior a nível da África Austral neste segmento, possuiu duas linhas de produção, mas apenas uma está em funcionamento devido às limitações impostas pela pandemia da Covid-19.
Alice Zhang referiu ainda que, em Angola, os principais clientes são empresas da Mauritânia que compram para revender no mercado nacional, tendo manifestado a intenção da empresa exportar os seus produtos para países como a Zâmbia e a Namíbia.
Quanto à funcionalidade do mercado, referiu que os seus principais concorrentes, embora exista alguma empresa no país, que também venda mosaico, são as importações desse produto proveniente da China, Índia e da Europa.
Até ao momento, a Sino-Ord financiada com capital chines, conta com um capital social na ordem dos 500 mil kwanzas e já investiu mais de 50 milhões de dólares no empreendimento. A empresa emprega pelo menos 2.800 trabalhadores, entre angolanos e chineses.