A Confederação Sindical União dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) e a Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) marcaram para o período de 20 a 22 de Março do ano em curso, uma greve geral na função pública, que conforme o porta-voz da Confederação Sindical, Adriano Manuel, acontece por conta da ausência de respostas por parte do Executivo às preocupações dos trabalhadores, “apresentadas no ano passado”.

Uma greve que na pior das hipóteses terá três fases, como indica o programa da mesma. Sendo que além desta primeira fase, que acontece agora, terá uma segunda fase, que deve acontecer de 22 a 30 de Abril e a terceira, que, indica o documento, deve acontecer entre 3 e 14 de Junho.

O principal foco da greve, – que deve mesmo acontecer, já que, foi publicada a declaração de greve – centra-se nas exigências de um aumento do salário mínimo para os 245 mil kwanzas, cerca de 300 dólares, mas também o desagravamento do Imposto sobre Rendimento de Trabalho (IRT) para os 10%, como indica o documento.

Além destas questões, o sindicato quer também uma actualização dos subsídios previstos no sistema de prestação social, como os casos do abono de família, subsídio de aleitamento materno e o subsídio funeral.

O porta-voz da Confederação Sindical (UNTA), acrescentou que se trata de um protesto, no mínimo legítimo, já que o custo de vida aumentou grandemente, e os salários não acompanharam.

O economista Joel Leite explica que a insatisfação dos funcionários públicos não é uma questão que possa ser minimizada já que, as reivindicações por uma renda melhor por parte dos funcionários públicos tem sido das principais razões para a ineficiência e burocracia em muitas instituições públicas, causando o aumento da corrupção e terceirização dos serviços dentro das instituições.

A falar sobre o assunto, a Ministra do Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, – a saída do último encontro entre as partes, que aconteceu no dia 13 do mês em curso, – disse que todo e qualquer aumento salarial na função pública tem de ser suportável e sustentável.