Como actor e produtor executivo de teatro, cinema e TV, é sempre um desafio gritante
projectar o futuro num país de inúmeros contratempos como Angola, mas a resiliência nos motiva a fazer o melhor que podemos para continuar a transformar esse movimento cultural na indústria que de facto queremos e em cinco anos teremos.
Onde produzir, promover, exibir e distribuir além-fronteiras será uma realidade sem precedentes.
Vamos levar Angola para mais dentro de África e em seguida, neste quadrante, África para o Mundo, estamos a investir em formações, criação de mais produtoras e distribuidoras comprometidas com a causa. Como jovem sedento pelo desenvolvimento, dou a minha alma para ajudar alavancar a cultura angolana, já estive mais distante mas onde estou agora não estive ontem, e amanhã estarei muito mais distante do que hoje, o processo é lindo quando sabemos o propósito.
A cultura eleva a nação e os povos, e nós somos os embaixadores sem pasta da África Lusófona, por isso é que com sacrifícios erguermos esses propósitos. O meu caminho desde a infância até aqui foi penoso, tive desafios que me fizeram perder até pessoas que amava, deixei a minha família, minha mãe, avó, irmã, tios e sobrinhas na minha terra natal e voei para os meus sonhos, concretizei muitos deles e os continuo a fazer, mas sem muitas das pessoas que me motivaram a começar, e isso é um preço muito alto a pagar.
Segui a representação por incentivo da minha avó Teresa e primos, que me mostraram o caminho do teatro ao invés das ruas onde a delinquência numa terra como o Lubango era atrativa para adolescentes. O teatro salvou-me.
Tenho como maior propósito, e já em desenvolvimento há mais de oito anos, ajudar a criar o N’gola wood, que se entenda como o movimento artístico que trará o nascimento da indústria cinematográfica, onde produzirmos cada vez mais conteúdos nacionais, filmes, séries e até novelas, estamos a alargar a distribuição para Angola inteira numa fase e depois a zona lusófona e, mais além, África inteira.
Angola merece um lugar de destaque no mundo por tudo o que tem a contar da história do seu povo, e eu quero continuar a ser embaixador do cinema angolano, então a missão é maior do que nós e dos tempos.
Angola é a minha nossa pátria que vibra no coração de quem a toca e lutar por ela, promovê-la, elevá-la é uma missão a ser levada muito a sério, pois é parte da diversificação da economia e afirmação dos povos, logo edifica postos de trabalho e criação de riquezas para o país. Por isso criámos a plataforma de streaming TELLAS (www.tellas.co.ao), que promove filmes angolanos, africanos e dos PALOP para alavancar a indústria;
Esta é a minha missão, a minha contribuição para o meu amado país, e vou cumpri-la em prol das gerações vindouras, portanto, QUE DEUS ME PERMITA CHEGAR ATÉ ONDE ME PERMITIU SONHAR.