A Ministra angolana das Finanças define-se como uma pessoa com a determinação e o foco para se comprometer com as causas em que acredita e, quando isso acontece, persegue diligentemente o objectivo até o concretizar. É com este espírito que se bate, desde Outubro de 2019, pela consolidação fiscal em Angola. Numa abrangente entrevista à FORBES, elege o tema da despesa pública como bandeira do seu mandato.
Os seus objectivos são difíceis, mas Vera Daves, a Ministra das Finanças de Angola, é uma mulher determinada e resiliente que muito dificilmente baixará os braços. Toda a sua carreira assim o demonstra e é assim que pretende continuar, mesmo que isso implique muitos sacrifícios, pois, conforme confessa, “temos de aceitar um conjunto de sacrifícios, sabendo que não podemos baixar a fasquia que colocámos a nós mesmos”.
E é sem meias medidas, e com o seu ADN único, que assume o compromisso da consolidação fiscal em primeiro lugar, o qual também, acredita, “permitirá transformar vidas “. “É este o meu compromisso, e é este o compromisso da minha equipa, e para o qual temos estado a trabalhar com muito foco e determinação”, revela, acrescentando que “gostaria e pretendo, pois trabalho para isso dia e noite, de ser a Ministra que com a sua equipa fez a consolidação fiscal acontecer, sendo que ainda que não seja na sua plenitude, mas que deixemos peças óbvias e com resultados perenes no tempo”.
Para a governante, “a consolidação fiscal é conseguir mobilizar mais recursos que não comprometam o futuro das gerações, recursos que sejam preferencialmente vindos dos impostos, sem asfixiar as famílias e sem asfixiar as empresas” sublinha, destacando que tudo isto também assenta num “endividamento responsável e barato, no investimento privado e, depois, garantindo que estes mesmos recursos são despendidos com racionalidade, com qualidade, com geração de valor para a vida das pessoas”.
E “é por esta via, da mobilização de recursos e do seu dispêndio, que, se formos pessoas com carácter e pessoas nobres, pessoas que têm amor por Angola e pelos angolanos, podemos transformar vidas”, defende, sublinhando que “sendo bem-sucedidos fazendo isso, poderemos assegurar que as pessoas tenham acesso a melhor educação, a melhor saúde, a melhores infra-estruturas e de qualidade, bem como que possam usufruir, sem dramas, da nossa produção nacional antes que muita dela se estrague”.
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