O sector petrolífero mundial vai necessitar de um investimento acumulado de 12,1 biliões de dólares até o ano de 2045, uma média de mais de 500 biliões de dólares por ano, segundo estimou há dias, em Luanda, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Haitham Al Ghais.
Segundo o responsável da OPEP, nos últimos anos, o mundo tem-se confrontado com “drásticas” consequências deste investimento, autossuficiência e austeridade energética, que podem se agravar caso o défice de investimento aumentar.
Falando sobre o desempenho de Angola na organização, Haitham Al Ghais deu nota positiva ao esforço que o país tem desenvolvido, em conjunto como os outros países membros da OPEP, na definição de estratégias e aprovação de deliberações que têm conduzido a estabilização do mercado internacional de petróleo.
“Angola presidiu a conferência duas vezes, em 2009 e em 2021, ano tido como mais difícil na história da indústria petrolífera, por causa da crise económica assistida em todo mundo, provocada pelo aparecimento da pandemia da Covid-19”, notou.
Haitham Al Ghais sublinhou que esses factores obrigaram a organização a tomar decisões inéditas e criar comités, com o intuito de se realizarem reflexões profundas e objectivas, visando reduzir as consequências nefastas à economia mundial.
“A OPEP vai continuar a contar com a contribuição de Angola e o secretariado geral da organização estará sempre à disposição para todo o apoio que for necessário. São visíveis e inteligentes as realizações do país, no âmbito do processo de transição energética”, reforçou.