Arrancou esta Terça-feira, 30, a 36ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), o maior palco de promoção de negócios nacionais e de empresas estrangeiras, após um ano de interrupção por conta da pandemia da Covid-19 que impôs várias restrições ao nível da actividade económica de vários sectores.
De acordo com o presidente conselho de administração do Grupo Arena – co-organizadora do evento, Bruno Ricardo Albernaz, o sector do comércio e serviços está à frente no grupo de empresas, com 27% de participação, seguido pelo alimentar e de bebidas, com 13% de participação, além do agronegócio que nesta edição representa 10% das participações, entre outros sectores.
O certame vai decorrer durante cinco dias, com uma vasta agenda de actividades, que incluem conferências, lançamento de marcas e promoção de novos serviços. Aliás, as empresas do sector agropecuário agendam para este início da Feira a apresentação de um conjunto de tecnologia de suporte à actividade por elas desenvolvidas.
Na prática, a maior bolsa de negócios de Angola enquadra-se nas acções do Executivo que visam, segundo defendem responsáveis governamentais, a concretização das funções do Estado como grande catalisador do processo de diversificação da economia nacional, cuja competitividade interna e externa se impõem a curto, médio e longo prazo.
Para o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, o regresso da FILDA, após interrupção em 2020, “representa um grande rigor, resiliência e revitalização da economia nacional, depois do impacto da pandemia da Covid-19 que, de certa forma, impediu a realização da FILDA em 2020”.
Pelas contas do governante, de 2011 para cá, e dado o processo de diversificação da economia, assistiu-se a uma redução da contribuição do sector petrolífero no Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, se em 2011 a contribuição era de 43%, hoje esse número só já se situa abaixo dos 30%, o que para o ministro angolano da Economia e Planeamento “transmite alguns sinais positivos da diversificação da economia nacional”.
Mário Caetano João apontou também as potencialidades do agronegócio. Segundo o responsável, o sector está representado nesta 36ª edição da FILDA com um total de 70 empresas nacionais e com uma forte presença do empresariado feminino, bem como os mais diversos serviços de actividade desde a banca, seguros, transportes e as telecomunicações, que representam no conjunto 30% dos expositores.
“Está é a silenciosa revolução verde que o Executivo pretende dar cada vez mais voz, com uma atenção especial não só com políticas mais pragmáticas, facilitação no acesso aos meios produtivos e massificação das acções de capacitação do capital humano de todo ecossistema, incluindo a banca bem como a construção de diversas infra-estruturas que proporcionam o desenvolvimento do agronegócio”, destacou o governante.