Os são-tomenses vão neste Domingo às urnas para eleger os 55 deputados à Assembleia Nacional, incluindo dois na diáspora onde, pela primeira vez, serão eleitos pelos círculos eleitorais da Europa e da África. Em simultâneo, o governo regional da ilha do Príncipe vai a votos e serão ainda escolhidos os presidentes das autarquias.
Mais de 123 mil eleitores estão inscritos para votar nas eleições legislativas, autárquicas e regional que contarão com a presença de seis missões de observadores internacionais.
Dez partidos e uma coligação de partidos concorrem às legislativas, que vão marcar uma disputa entre o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe / Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), liderado pelo actual primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, que ficou em segundo lugar no pleito de 2018, e a Acção Democrática Independente (ADI), do antigo primeiro-ministro Patrice Trovoada, que venceu as eleições de há 4 anos, elegendo 25 deputados, mas não conseguiu formar governo face ao acordo pós-eleitoral da chamada “nova maioria”.
Concorrem ainda às legislativas o Movimento Basta, Movimento Democrático Força da Mudança/União Liberal (MDFM/UL), União para a Democracia e Desenvolvimento (UDD), Cidadãos Independentes para o Desenvolvimento de São Tomé e Príncipe (CID-STP), Movimento Unido para o Desenvolvimento Amplo de São Tomé e Príncipe (Muda-STP), Partido Novo, Movimento Social Democrata/Partido Verde de São Tomé e Príncipe (MSD-PVSTP), Partido de Todos os Santomenses (PTOS) e a coligação Movimento de Cidadãos Independentes/Partido Socialista/Partido da Unidade Nacional (MCI/PS-PUN).
Quanto às eleições no governo regional da ilha do Príncipe, que também decorrem neste Domingo, concorrem apenas dois partidos, nomeadamente a União para a Mudança e Progresso do Príncipe (UMPP), liderado pelo actual presidente, Filipe Nascimento, e a coligação Movimento Verde para o Desenvolvimento do Príncipe (MVDP) e MLSTP/PSD, encabeçada por Nestor Umbelina.
Os 123.302 eleitores são-tomenses são ainda chamados a escolher os presidentes das autarquias.
Entre as seis missões de observação internacional das eleições, destaca-se a da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que avalia o pleito eleitoral em São Tomé e Príncipe com 21 observadores, liderados pelo embaixador do Brasil em Angola, Rafael Vidal. Já a União Europeia, que está presente pela primeira vez, acompanha às eleições com 42 observadores.