A Direcção de Regulação das Actividades Económicas de São Tomé acusou quase dez postos de venda de combustíveis de lesarem consumidores ao subtraírem irregularmente combustíveis, causando prejuízos superiores a dois mil euros mensais. A prática ilegal foi descoberta após inspeções realizadas em várias bombas e pontos de venda, onde oito estabelecimentos foram identificados como infratores.
De acordo com Anísio Quintas, director da Direção de Regulação e Controlo das Atividades Económicas (DERCAE), cada mil litros de combustível vendido apresentava um défice entre 20 a 60 litros, o que resultava num desvio significativo ao longo de um mês, estimado em mais de 53 mil dobras (2.151 euros). As irregularidades terão começado nos últimos seis meses, após a última fiscalização em dezembro.
Segundo a Lusa, como resposta, a DERCAE ordenou o encerramento temporário de alguns postos de venda onde se verificaram as infrações mais graves, especialmente em casos onde não houve colaboração por parte dos proprietários. Quintas destacou que esses postos enfrentarão coimas elevadas, que poderão variar entre 20 a 200 mil dobras (813 a 8.119 euros), devido aos benefícios obtidos ilegalmente em detrimento dos consumidores.
A denúncia causou surpresa entre os taxistas e motoqueiros de São Tomé, muitos dos quais agora preferem comprar combustível em garrafas de plástico para garantir que estão a receber a quantidade correta. “Tem que se resolver o mais rapidamente possível […], isso é crime e o nosso Governo tem que pôr cobro seriamente”, afirmou o taxista Laurindo Eduardo.
Além disso, os automobilistas apelaram à DERCAE para que intensifique a fiscalização da qualidade do combustível vendido, especialmente nos pontos de venda mais informais.