O Governo de São Tomé e Príncipe iniciou hoje, 05, o recenseamento agrícola, um passo fundamental para a implementação dos planos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para promover o emprego no sector. A informação foi anunciada pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Abel Bom Jesus.
Abel Bom Jesus destacou a importância deste recenseamento como ferramenta essencial para a FAO. “Precisamos de saber quantos agricultores temos, o que estão a fazer e como estão a fazer, porque, se não planearmos e não fizermos este censo de forma profunda, não vamos saber o que temos nem vamos saber como lidar com isso”, afirmou o ministro.
Após a assinatura de um protocolo em Ferreira do Alentejo (Beja), Portugal, destinado à promoção de estágios para jovens agricultores são-tomenses, Abel Bom Jesus sublinhou a relevância do recenseamento agrícola para o país, mencionando que há mais de 30 anos que não é realizado.
Além do apoio da FAO, o ministro revelou que a União Europeia também contribuiu significativamente, financiando o processo de recenseamento. “A União Europeia tem seguido de perto as acções em São Tomé e Príncipe e agradecemos a todos os nossos parceiros envolvidos e, sobretudo, aos povos, pois são as contribuições de cada cidadão que são recolhidas e enviadas para nós”, afirmou.
O recenseamento agrícola terá uma primeira fase, seguida de uma continuidade para manter os dados actualizados. Abel Bom Jesus enfatizou a necessidade do recenseamento, afirmando que será o primeiro a ser recenseado para encorajar os agricultores a participarem. “Como ministro e como agricultor, serei o primeiro a ser recenseado para incutir na mente dos agricultores que é preciso o recenseamento para mostrarmos em que condições trabalhamos e para sermos melhor servidos pelo Governo”, disse.
Em Dezembro de 2023, Argentino Pires dos Santos, representante da FAO no arquipélago, anunciou que a organização elaboraria uma estratégia e plano para promover o emprego no setor agrícola para jovens são-tomenses e reduzir o índice de pobreza. Este projeto, financiado pela FAO com 200 mil dólares (183 mil euros), será executado ao longo de 19 meses.
Esta iniciativa marca um passo significativo no desenvolvimento do setor agrícola em São Tomé e Príncipe, com a expectativa de melhorar a organização, eficiência e sustentabilidade do setor agrícola, beneficiando os agricultores e a economia do país.