O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, anunciou na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a criação de um “Fundo Fiduciário para a Conservação” (CTF). Esta iniciativa visa reposicionar a natureza do país como um “activo econômico estratégico” e contribuir para o desenvolvimento sustentável.
Durante a sua intervenção na “Cimeira do Futuro”, o Presidente destacou a necessidade de garantir fontes de financiamento previsíveis e a diversificação da economia do pequeno Estado insular. O CTF será alimentado por compromissos de investidores e doações filantrópicas, com o objectivo de facilitar a adaptação climática.
Vila Nova enfatizou que o fundo não apenas protegerá a biodiversidade, mas também criará novas oportunidades de subsistência para as comunidades locais. “Este fundo permitirá a proteção de 30% do nosso oceano, conforme estipulado pela Convenção sobre a Biodiversidade, e servirá como pilar central para a nossa ‘economia azul’ e para o ecoturismo”, afirmou.
Segundo a Lusa, o Presidente reiterou o compromisso do seu governo com a conservação ambiental e a implementação de créditos de carbono, com base na agricultura sustentável e na proteção das áreas marinhas e terrestres.
Além disso, Carlos Vila Nova sublinhou a importância de que países pequenos e vulneráveis tenham uma voz ativa nas decisões internacionais, reafirmando o compromisso de São Tomé e Príncipe com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ele defendeu ainda um fortalecimento do multilateralismo como meio de garantir a paz e a segurança global.
Na sua intervenção, o líder são-tomense também abordou a necessidade de uma revolução digital inclusiva, apontando que o acesso às tecnologias digitais deve ser garantido para todos, especialmente em países em desenvolvimento.
Carlos Vila Nova foi um dos líderes a discursar na abertura da “Cimeira do Futuro”, que deu início à adoção de três acordos históricos: o “Pacto para o Futuro”, o “Pacto Digital Global” e a “Declaração sobre as Gerações Futuras” .