Para um problema há muito antecipado, encontrar soluções é, e será, um work in progress – modo anglo-saxónico de dizer que não se pode cruzar os braços. Entre os políticos há muito que se discute o tema. Assunção Cristas, recém-eleita presidente do CDS-PP, partido que “forneceu” o ministro da Segurança Social ao anterior governo, lembrou em Março que “identificar um problema não é motivo de qualquer satisfação, mas é o primeiro passo para o resolvermos”.
Na relação matemática entre trabalhadores empregados e pensionistas, o “um para um” ainda não se concretizou, mas está perto, e entretanto já se somam os anos desde que as contribuições para a Segurança Social são inferiores às receitas obtidas, sobrando peso para o Orçamento do Estado.
Perante este cenário, e porque a rede de segurança do sistema público criada no final da década de 1980 não cobre meia-dúzia de trimestres, cabe aos cidadãos precaverem-se. Jorge Bravo, especialista nesta área, avisa que “estamos permanentemente no limbo”. O professor universitário é só um dos que ajudam a perceber como a aposentação dos portugueses pode estar ameaçada. Num extenso e detalhado artigo sobre as fundações do sistema e a forma de não ficar preso ao edifício da Segurança Social para se abrigar de intempéries da velhice, guiamo-lo para chegar a uma reforma segura.