O saldo da conta corrente em Angola manteve-se superavitário, fixando-se em 102 milhões de dólares, no segundo trimestre do ano em curso, equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), apesar da sua tendência decrescente face ao trimestre anterior e período homólogo, garantiu esta semana o banco central do país.
De acordo com um comunicado do Banco Nacional de Angola (BNA) a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o comportamento da conta corrente terá sido influenciado pela queda do saldo da conta de bens em relação ao trimestre anterior, “devido à redução das receitas de exportação e pela melhoria dos saldos deficitários das contas de serviços e das transferências correntes, não obstante a deterioração do saldo dos rendimentos primários”.
Por sua vez, diz o órgão regulador do mercado bancário angolano, a conta capital e financeira registou um défice de 56,9 milhões de dólares face ao défice de 1.421,0 milhões de dólares registado no trimestre anterior, comportamento justificado, fundamentalmente, pelo saldo de capitais de médio e longo prazo (dívida externa pública).
A nota descreve que a posição líquida do investimento internacional registou no segundo trimestre de 2023 um ligeiro agravamento do seu défice, na ordem de 1.002,1 milhões, como resultado da redução dos activos com não residentes, não obstante ter ocorrido também uma redução dos passivos financeiros, mas numa magnitude inferior.
Já o stock de reservas internacionais fixou-se em 13.673,7 milhões de dólares, no final do segundo trimestre do ano em curso, correspondente a uma cobertura de 7,4 meses de importação de bens e serviços.