O Governo de são-tomense decidiu transferir, há dias, a administração do Porto de São Tomé para o consórcio Safebond do Gana, numa concessão de 30 anos que inclui a construção da infra-estrutura em Águas profundas e a requalificação do “Porto do Príncipe.
O ministro das Infra-estruturas do país, Osvaldo Abreu, referiu que com a transferência da administração do porto, “São Tomé e Príncipe sairá a ganhar”, tendo em conta o nível de investimento proposto para a referida infra-estrutura.
“Ao longo dos anos nós fomos incapazes, pela nossa débil economia e fraca capacidade de mobilização de recursos, de colocar a disposição das diversas administrações do Porto para superar as dificuldades”, frisou o governante, citado pela Lusa.
O Estado são-tomense passará a ter 25% das acções na nova administração do Porto, enquanto o consórcio terá 75% e assumirá todo o investimento financeiro. O país nomeará dois dos sete administradores da empresa e assumirá a presidência do conselho da administração não executivo, enquanto o consórcio nomeará, o director-geral e os responsáveis financeiros da empresa.
Osvaldo Abreu garantiu que o governo são-tomense não vai investir qualquer valor no porto, mas que, no entanto, “vai colher os benefícios”, contrariamente ao modelo de gestão estatal que vingou até ao momento que, segundo o ministro, não contribuía para os cofres do Estado.
O governante adiantou também, por outro lado, que as actividades para a construção do Porto de Fernão Dias já estão a ser organizadas para que a empreitada arranque o mais rapidamente possível, uma vez que o consórcio tem, para o efeito, um prazo contratual de cinco anos.
O consórcio prevê investir cerca de 24 milhões de euros para requalificação urgente do Porto e torná-lo mais eficiente aproveitando os funcionários são-tomenses que já trabalham na empresa.