As companhias russas do sector de exploração petrolífera foram desafiadas esta Quinta-feira, 11, pelo Governo moçambicano a participarem do sexto concurso internacional de hidrocarbonetos, com vista a investir no país.
O repto foi lançado na capital russa, Moscovo, pelo presidente do Instituto Nacional de Petróleo (INP) de Moçambique, Carlos Zacarias, que avançou à imprensa que o país estará aberto à avaliação de propostas de concessão de blocos de pesquisa de hidrocarbonetos de empresas russas como Gazprom, Rosnef e Zarubezhneft e de petrolíferas de outros países, que participarem no sexto concurso internacional de hidrocarbonetos.
A mensagem foi deixada aos investidores russos no âmbito da reunião plenária do Processo de Kimberley, um mecanismo internacional de controlo do negócio de diamantes, que tinha em cima da mesa o tema sobre a adesão de Moçambique a esta entidade.
Para Carlos Zacarias, que integrava a delegação moçambicana, o país vai continuar a promover as suas potencialidades na área de hidrocarbonetos, principalmente no gás, porque, como defendeu, “este recurso é importante para a transição energética”, dado que é o menos poluente entre os fósseis.
“Já existem áreas predefinidas para o próximo concurso internacional de hidrocarbonetos no país”, afirmou o responsável, que aponta o sexto concurso internacional de hidrocarbonetos para Dezembro próximo.
Actualmente, Moçambique já conta com a presença de várias multinacionais do sector petrolífero, principalmente na bacia do Rovuma, zona rica em gás natural. Apesar da crescente pressão internacional para o abandono do uso de combustíveis fósseis, o executivo moçambicano defende que o gás natural será uma fonte crucial para a transição energética por ser o que menos polui entre os fósseis.