As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) de Moçambique voltaram a cair no final do primeiro semestre deste anos, para 3.209 milhões de dólares, segundo indica relatório de balanço da implementação do Plano Económico e Social e do Orçamento do Estado de 01 de Janeiro a 30 de Junho.
De acordo com o Ministério da Economia e Finanças do país, essas reservas garantem três meses das necessidades de importações de bens e serviços, excluindo as importações dos grandes projectos, e comparam com os cinco meses que garantiam no mesmo período de 2022.
O Governo moçambicano definiu no Orçamento do Estado de 2023 o objectivo de constituir Reservas Internacionais Líquidas no valor de 2.936 milhões de dólares, correspondentes a três meses de cobertura das importações de bens e serviços não fatoriais.
As reservas internacionais de Moçambique estão em queda desde 2021, divulgou em Julho o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“As reservas internacionais brutas cobrem quase 4,3 meses de importações [final de 2022], o que está acima do buffer mínimo comummente recomendado, de pelo menos três meses”, refere-se num relatório do FMI, sobre a aprovação final da revisão ao Programa de Financiamento Ampliado (ECF) para Moçambique.
O documento acrescenta que as RIL moçambicanas têm caído desde o início de 2021 e que atingiram os 2.900 milhões de dólares no final do ano passado.
Nas previsões macroeconómicas para este ano, segundo a Lusa, o FMI admite uma aceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique, de 4,2% em 2022 para 7% este ano, antecipando que no final do ano a inflação tenha descido de 10,3% para 6,7%, o mesmo que em 2021, mas ainda assim quase o dobro dos dois anos anteriores.