Os resultados da pesquisa de gás natural no bloco de Búzi, no centro de Moçambique, vão ser conhecidos dentro de dois anos, segundo o presidente do Instituto Nacional de Petróleos (INP), Nazário Bangalane.
As perfurações, liderada pela empresa Buzi Hydrocarbons, começaram em 2019, mas foram interrompidas em 2020, devido a pandemia da Covid-19.
“Após a empresa Buzi Hydrocarbons ter concluído com sucesso a perfuração de dois furos de pesquisa e que culminaram com a descoberta de gás natural nas formações Grudja Superior e Grudja Inferior, entrou-se em trabalhos de avaliação que poderão exigir a aquisição de dados de sísmica 2D/3D adicional e abertura de outros furos para mais avaliações”, explicou Nazário Bangalane, citado pela Lusa.
A abertura de cada um dos furos de pesquisa estava avaliado em 13,2 milhões de euros, segundo dados do INP avançados em 2020.
A empresa da indonésia Buzi Hydrocarbons detém 75% dos direitos sobre o Bloco de Búzi e o Governo moçambicano, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), os restantes 25%.
A intenção de investir na pesquisa de gás em Búzi, cujos registos de possível ocorrência datam de 1962, foi anunciada em 2015 e, na altura, o plano era perfurar cerca de 15.225 pés de profundidade nos poços de BD1 e BD2, ambos no interior do campo de gás de Búzi.