As empresas que actuam no ramo de seguros em Angola obtiveram, em 2021, um resultado líquido a volta dos 17 mil milhões de kwanzas, uma redução de 19% face ao ano anterior, em que os lucros ultrapassaram os 21 mil milhões de kwanzas.
Os dados constam do Relatório de Mercado de 2021 da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), apresentado esta semana, em Luanda.
De acordo com o director do Gabinete de Estudos e Planeamento Estratégico da ARSEG, César Marcelino, que apresentou os números, ainda assim o resultado não é mau, uma vez que supera o resultado negativo de 2019, que foi de aproximadamente 9 mil milhões de kwnazas.
O responsável entende que a redução de 19% acontece “essencialmente porque as empresas de seguro estão inseridas no circuito económico nacional, onde a estrutura económica de qualquer empresa foi muito adversa, quando relacionada ao ano 2021, período em que todas as economias ressentiram o impacto da pandemia da Covid-19”.
Quanto ao contributo do sector dos seguros na riqueza nacional, o relatório adianta que foi registada uma estagnação, se fixando nos 0.70%, justificada com as “especificidades da própria conjuntura nacional”.
Outro sector que, segundo a pesquisa da ARSEG, sofreu o impacto das mudanças económicas no mundo, são os fundos. O relatório da entidade que regula e supervisiona os seguros no país indica que os fundos de pensões registaram uma “queda abrupta”, saindo de 25 mil milhões de kwanzas em 2020 para cerca de 6 mil milhões de kwanzas em 2021, uma redução justificada com a perdas cambiais registadas no ano passado, cujo somatório total atingiu os 64 mil milhões de kwanzas.
As pensões de velhice representaram em 2021 a “maior fatia” no âmbito das pensões pagas, atingindo perto de 89% do total, adianta o documento.