Angola estima em 732 milhões de quilates a sua reserva de diamantes, podendo render ao Estado 140 mil milhões de dólares, ao preço médio de 200 dólares.
O director de Operações Mineiras e Gestão de Participações da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), Miguel Vemba, destacou o potencial do país, frisando que actualmente as reservas são mais de 90% em depósitos primários.
O mesmo responsável, que falava à imprensa à margem da 10.ª Semana Africana de Engenharia da UNESCO & Conferência Africana de Engenharia, que decorreu, em Luanda, considerou necessário encontrar mecanismos eficientes para recuperar o valor dessas reservas, citando o recurso à inteligência artificial.
“Só por esta nova tecnologia nós vamos conseguir aumentar consideravelmente as nossas reservas, diminuindo o tempo que se leva para fazer os estudos”, disse, destacando que também as novas tecnologias, com equipamentos de maior capacidade, podem facilitar as operações.
Miguel Vemba, citado pela Lusa, anunciou ainda que a ENDIAMA poderá avançar no próximo ano para produção própria, deixando de depender simplesmente das suas participações, com dois projectos em fase de prospecção.
Trata-se de dois projectos, o de Luachimba, em fase bastante avançada, que deverá em 2025 entrar em produção piloto, e o Xamacanda, também “com bastante potencial”, ainda na fase de estudo e recolha de informação, referiu.