Angola é membro das Organização das Nações Unidas (ONU) há 44 anos, mas só em Junho do ano passado começou a trabalhar no processo de elaboração do primeiro relatório voluntário sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visa reportar as Nações Unidas, o estado de implementação dos 17 Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no país.
Para o efeito, foram constituídos cinco grupos que trabalham neste momento em temas específicos, nomeadamente “economia e produção”, “bem-estar social”, “democracia e estabilidade”, “ciência, inovação e infra-estruturas”, bem como “ambiente e resiliência”. Cada um dos grupos trabalha sobre um conjunto de ODS, cobrindo os 17 e as respectivas metas e indicadores da Agenda 2030 da ONU.
Fazem igualmente parte dos grupos técnicos representantes dos departamentos ministeriais do Executivo – envolvidos nas temáticas dos ODS, o Instituto Nacional de Estatística (INE), universidades, sector privado, sociedade civil, ONU e outros parceiros de desenvolvimento.
O director nacional para a Cooperação e Integração dos Negócios Internacionais do Ministério da Economia e Planeamento, António Pumbal, considerou a apresentação do referido relatório “de suma importância para o país”, tendo em conta que cada Estado-membro apresenta anualmente um relatório do género e Angola, enquanto membro do Conselho Economico Social da ONU, não podia ficar de fora.
Segundo o responsável, que falava à imprensa à margem do Workshop de Avaliação do Esboço do Primeiro Relatório Voluntário, no documento serão apresentados os 17 ODS, pelo que estão a ser recolhidas todas as evidencias dos indicadores e metas traçadas na agenda 2020/2030 da ONU, no sentido de mostrar ao mundo, e em particular às Nações Unidas, como é que os referidos Objectivos do Desenvolvimento estão a ser implementados no país.
António Pumbal reiterou que com esse esforço Angola compromete-se em apresentar anualmente um relatório de progresso que demostre a situação das ODS e o seu progresso até 2030, meta estabelecida pelas Nações Unidas.
Por sua vez, o secretário-geral da Federação das Associações Empresariais de Luanda (FAEL), José Neto, frisou que o relatório é muito importante, na medida em que indicar o que já foi feito, o que está a ser feito e o que poderá ser feito no futuro.
“Angola poderá demonstrar na realidade, que estão sendo gizadas políticas económicas, no sentido de alavancar o desenvolvimento económico do país e, por outro lado, poderá mostrar ao mundo, em geral, que há comprometimento do Governo em resolver os problemas da nação, da melhor maneira possível”, conclui.