As relações entre Angola e Portugal podem ser mais intensas, uma vez que estão criadas as condições para o fortalecimento da cooperação entre os dois países, defende o antigo ministro português da economia, Pedro Siza Vieira.
O antigo governante falava, há dias, em Luanda, a margem da apresentação da 16ª edição do relatório “Banca em Análise” da consultora Deloitte, tendo realçado que os dois países estão numa situação económica e financeira “mais sólida” do que estiveram no passado.
“As relações entre Angola e Portugal são muito fortes, mas podem, eventualmente, até ser mais intensas. É verdade que os dois países nos últimos anos passaram dificuldades nas suas economias nacionais e que isso levou a uma maior dificuldade no investimento nas relações internacionais”, afirmou o advogado.
Pedro Siza disse acreditar que estão criadas as melhores condições para se desenvolverem as relações de investimento e de comércio entre os dois países.
Falando sobre o actual momento da economia angolana, o antigo governante português afirmou que houve um processo de ajustamento muito grande, do ponto de vista económico, das finanças públicas e do sistema cambial, que trouxe outro tipo de estabilidade macroeconómica, tendo considerado que este facto está a se traduzir no crescimento que a economia está a registar e que deverá continuar nos próximos tempos.
“Os passos que foram dados agora estão a trazer frutos e Angola até parece estar a crescer e a reduzir a inflação, em contraciclo com outros países do mundo”, referiu.