No fim de uma visita de 24 horas à Guiné-Bissau, o primeiro-ministro português, António Costa, garantiu que a cooperação com o país africano, ficará, nos próximos anos, mais sólida e concreta, isto depois da visita ao país ter dado “sinal claro de apoio à estabilidade”.
Falando aos jornalistas, no termo da sua digressão ao país africano lusófono, Costa reafirmo que sai da Guiné-Bissau convicto de que os próximos anos são promissores no que à toca às relações de trabalho.
“Saio daqui convicto de que vamos poder, nos próximos anos, dar passos mais concretos e sólidos naquilo que é a cooperação e identificamos também novas áreas onde é possível trabalharmos em conjunto”, disse António Costa, citado pela Lusa.
Costa salientou que a visita teve, em primeiro lugar, uma dimensão política, que “é um sinal claro de apoio à estabilidade, ao normal funcionamento das instituições na Guiné-Bissau”, lembrando que há um novo acordo estratégico de cooperação, assinado o ano passado, orçado em cerca de 60 milhões de euros.
A Guiné-Bissau viveu mais um momento de instabilidade a 1 de Fevereiro último, quando as forças de defesa e segurança impediram uma tentativa de golpe de Estado, que visava assassinar o Presidente e membros do Governo.
Durante a visita de António Costa a Bissau foram anunciadas a doação de um navio para fazer a ligação entre o continente e o arquipélago dos Bijagós e a vinda de 30 especialistas portugueses para dar formação e treino às forças armadas.
O primeiro-ministro destacou também as “conversações que foram feitas” para a construção de uma escola portuguesa na capital guineense e “os passos que foram dados tendo em vista resolver problemas burocráticos que sempre existem na concessão de vistos e que agora, com o novo acordo de mobilidade, vão ser revistos”.
Sobre a visita ao talhão português do cemitério de Bissau, último ponto do programa da visita antes de seguir viagem para Cabo Verde, António Costa disse que se tratou de “prestar homenagem a todos os militares portugueses que ao longo dos séculos” prestaram serviço naquele país e que morreram no “exercício de funções”.
Aliás, o talhão português no cemitério de Bissau tem campas de militares portugueses, que datam do século XIX.
“Na Guiné-Bissau existem ainda muitos antigos combatentes das forças armadas portuguesas que devem ser tratados com todo o respeito, todo o carinho, valorizando o contributo que deram a Portugal”, salientou António Costa.
Lusa