O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa rejeitou nesta Segunda-feira a hipótese de a coesão da organização ser afetada pelas relações da maioria dos Estados-membros com a Rússia, num momento de conflito com a Ucrânia.
Questionado pela Lusa sobre esta possibilidade, Zacarias da Costa respondeu: “Eu julgo que não. (…) Essas relações dos nossos Estados-membros já vêm de longe, e nem por isso destruíram a coesão que existiu e ainda existe dentro da nossa comunidade”. Porque “eles não tomaram a decisão como CPLP”, salientou.
Durante a visita oficial à Geórgia, um país amigo da federação russa e observador associado da CPLP há dez anos, acompanhado de representantes de oito dos nove Estados-membros da CPLP, Zacarias da Costa frisou: “Penso que a CPLP nunca esteve em causa nesses anos”, frisou.
Por isso, diz a Lusa, sobre o acordo de cooperação com a Rússia assinado recentemente por São Tomé e Príncipe, país que têm desde agosto a presidência rotativa da CPLP, o secretário executivo frisou que se trata “de uma decisão soberana de um Estado-membro”.
Contudo, admitiu que a situação da guerra Rússia – Ucrânia e a situação mundial “pode levar a interpretações diferentes”.