Uma auditoria às operações de comunicação da operadora cabo-verdiana CV Móvel está a ser exigida pela Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME), após se terem verificado anomalias nas transmissões de sinal daquela entidade, uma avaria que afectou vários serviços de comunicações.
O ‘pente-fino’ às operações daquela entidade de comunicação foi anunciado em comunicado pela ARME, que, além de controlar as actividades económicas, se ocupa igualmente das actividades económicas do sector das TICS.
Assim, a reguladora cabo-verdiana fez o pedido à CV Móvel na sequência da privação de serviços aos utilizadores, durante todo o dia 16 de Fevereiro e algumas horas do dia 18. “Entende a reguladora que os factos sucedidos no passado dia 16 e 18 de Fevereiro exigem a realização de uma auditoria externa competente, da segurança das redes e serviços da CV Móvel às expensas do operador, sendo, contudo, da competência da ARME estabelecer os requisitos a que deve obedecer a auditoria”, lê-se na nota, avançada pela Lusa.
Na altura, a operadora móvel cabo-verdiana informou que, devido a uma avaria numa componente da central móvel, registou-se uma instabilidade na rede da CV Móvel, afectando os serviços de voz, mensagens e dados (Internet móvel).
Uma semana depois, vários serviços tinham restabelecido os serviços, nomeadamente o de voz, ‘sms’ e dados, enquanto outros ainda não podem ser acedidos pelos clientes.
Na advertência, a ARME deu à empresa 72 horas, a contar da recepção da missiva, para o envio de um plano detalhado de compensação aos clientes de todos os serviços interrompidos, em conformidade com a duração da falha de cada serviço e um relatório pormenorizado sobre o incidente.
A reguladora cabo-verdiana advertiu ainda a empresa a cumprir as suas obrigações legais relativas à segurança e integridade das redes de comunicações electrónicas.
“A ARME adverte, ainda, que os operadores devem adoptar medidas adequadas à prevenção, gestão e redução de riscos para a segurança das redes e serviços, visando, em especial, impedir ou minimizar o impacto dos incidentes de segurança nas redes interligadas, a nível nacional e internacional, e nos utilizadores”, reforçou.