A gestão da Galp Moçambique garantiu que o país não mais assistirá, nos próximos tempos, à quebras no fornecimento de gás de cozinha, fruto de um investimento que a distribuidora daquele produto realizou na sua sucursal naquele país do índico.
De acordo com o chairman da Galp Moçambique, Paulo Varela, a rutura no gás de cozinha será “coisa do passado” no país, uma afirmação sustentada por um conjunto de iniciativas de reforço de investimento da energética de origem portuguesa.
Os investimentos realizados pela Galp em Moçambique foram ao nível da logística, nomeadamente no armazenamento e engarrafamento. “As roturas de abastecimento que ocasionalmente afligiam o país serão uma coisa do passado”, garantiu o gestor, que falava, há dias, durante a inauguração das obras de renovação da fábrica de enchimento de garrafas de gás de cozinha da Galp, na cidade da Matola, província de Maputo, sul de Moçambique.
Pelas contas de Varela, a Galp investiu 12 milhões de dólares no novo empreendimento, dotando a unidade com um novo sistema com capacidade de enchimento de 1.200 garrafas de gás de cozinha de 11 quilos, por hora, e uma nova unidade de enchimento de garrafas de 45 quilos com capacidade para duas dezenas de garrafas, por hora.
A infra-estrutura que vem reforçar a produção de gás no país contempla igualmente uma ligação canalizada ao terminal da Matola, inaugurado há um ano, e uma nova linha de enchimento para camiões-cisterna. “Esta infra-estrutura é também o culminar de um conjunto importante de investimentos da Galp no segmento do gás doméstico”, disse o ‘homem forte’ da Galp em Moçambique.
Os investimentos incluíram ainda a construção de um terminal de armazenagem de combustíveis líquidos com capacidade para 60 milhões de litros e seis mil metros cúbicos de gás de cozinha, permitindo a recepção do produto por via marítima e o transporte por camião e comboio.
O presidente da Galp Moçambique frisou que o país é também uma plataforma para a expansão de consolidação da presença da petrolífera portuguesa na África Austral, onde a actividade da companhia tem ganhado cada vez mais força.
Para Paulo Varela, a infra-estrutura renovada vai permitir que o país lusófono tenha maior disponibilidade daquele produto, bem como a sua massificação. “Com a nova unidade de enchimento a funcionar em pleno, a nossa capacidade de disponibilizar garrafas ao mercado vai aumentar de forma muito significativa e acabar, assim, com a escassez que, intermitentemente, nos afligia”, enfatizou.
Por sua vez, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, João Machatine, deu destaque à aposta que o Executivo moçambicano diz estar a fazer na massificação do uso do gás de cozinha, visando a substituição do recurso à lenha e ao carvão pelas famílias, por ser uma prática que provoca a desflorestação.
“O investimento desta unidade enquadra-se na prioridade do Governo, que é massificar o uso do gás de cozinha e esta massificação só é possível com o aumento da capacidade de produção e de armazenamento”, declarou Machatine.
Com a entrada em funcionamento do novo empreendimento da Galp, Moçambique aumenta a produção de garrafas de gás de cozinha de 27 mil para 33.754 garrafas, um incremento de 25%, ou seja, pouco mais de um milhão de garrafas por mês.