As receitas do Estado cabo-verdiano aumentaram 31,7% até Outubro, face ao mesmo período de 2021, então condicionado pela crise provocada pela pandemia da Covid-19, para quase 386,2 milhões de euros, segundo dados oficiais.
De acordo com o relatório síntese da execução orçamental, até Outubro, o desempenho resulta essencialmente do aumento da arrecadação de impostos directos (10,2% face ao mesmo período de 2021), indirectos (42,2%) e das contribuições para a segurança social (3,9%), entre outras.
No documento provisório do Ministério das Finanças, citado pela Lusa, refere-se ainda que as despesas totais de Janeiro a Outubro aumentaram 7,2%, face ao executado nos primeiros dez meses de 2021, para mais de 373,3 milhões de euros.
Nestes dez meses, Cabo Verde arrecadou 78% dos 495 milhões de euros das receitas orçamentadas para todo este ano pelo Governo, valor que compara ainda com os 293,2 milhões de euros contabilizados de Janeiro a Outubro de 2021.
Nas receitas, o Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares (IRPS) aumentou 8,6% até final de Outubro, para quase 46,8 milhões de euros, enquanto o imposto sobre os lucros das empresas (IRPC) cresceu, também em termos homólogos, 9,6%, para mais de 23 milhões de euros em dez meses.
Nos impostos indirectos, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) continua a recuperar das quedas provocadas pela pandemia e da queda no turismo, tendo rendido, de Janeiro a Outubro, mais de 133,4 milhões de euros, aumentando 42,7% face ao período homólogo de 2021.