As receitas do grupo Pumangol, identidade pela qual está registada a Puma Energy em Angola, terão caído na ordem dos 15%, segundo revelou em entrevista exclusiva à FORBES, o seu director-geral, Ivanilson Machado, sem, no entanto, avançar o valor real arrecadado.
As restrições provocadas pela Covid-19, a inflação, o aumento de impostos e a desvalorização do kwanza são apontadas pelo gestor como alguns dos problemas que têm influenciado negativamente para que as empresas do sector petrolífero percam a capacidade de investir e manter a qualidade dos serviços.
“O cenário actual mostra que o mercado não é o mesmo. Estamos a sobreviver. O negócio não é o mesmo. Com as restrições na circulação das pessoas, também houve uma baixa na compra de combustíveis. Podemos dizer que tivemos uma baixa nas receitas na ordem dos 15% até 2020 por conta das restrições”, aponta.
Ivanilson Machado que falava à FORBES após a sua intervenção na abertura da 1ª conferência “o capital humano no centro da transformação digital”, defende que com os problemas referidos será difícil crescer, indicando que nem tudo vai bem no mercado em que estão inseridos.
“É impossível crescer com a inflação, aumento dos impostos e a desvalorização da moeda, principalmente se estes factos não forem acompanhados por uma actualização de preços ou da margem do distribuidor ou da empresa”, diz.
Por outro lado, o responsável garante que a Pumangol, à semelhança de outras empresas, tem ao longo dos anos perdido a capacidade de investir e de manter a qualidade dos serviços, devido aos reduzidos ganhos que registam.
Presente em 47 países e com 79 postos de combustível expalhados por Angola, a Pumangol tem mais de 3.000 colaboradores, e, segundo o seu director-geral, a aposta na transformação digital e no capital humano da empresa tem sido prioridade, com vista a oferecer aos seus clientes um serviço melhor e com qualidade desejada por todos.
“Temos Infra-estruturas tecnologicamente muito avançadas e que são geridas diariamente por jovens angolanos, todos eles formados e capacitados pela empresa e que hoje têm respondido positivamente aos desafios do mercado”, garante.
O grupo assegura o armazenamento e a distribuição de combustíveis, betumes e emulsões, em Angola. É o segundo maior fornecedor do mercado, quer em volume de vendas, quer em número de postos de abastecimento, e o maior importador e distribuidor de betume e emulsões.