“A caridade é injuriosa, excepto se ajudar o beneficiário a tornar-se independente dela”, disse John D. Rockefeller Jr., o já falecido filantropo filho daquele que é considerado o primeiro multimilionário norte-americano. “A caridade separa o rico do pobre; a ajuda eleva os necessitados e coloca-os no mesmo nível dos ricos”, afirmou por sua vez a ex-primeira dama argentina Eva Peron. O tema e as suas nuances atravessam gerações e nações, e nos dias de hoje a partilha da riqueza é seguida por muitos milionários, dos há muito vistos como símbolos da filantropia, como Warren Buffett e o casal Bill e Melinda Gates, donos da fundação homónima, a outros que não se popularizaram por essa característica, como o fundador do Facebook.
O oráculo de Omaha partilhou 14,7 mil milhões de dólares da sua fortuna.
A liderança da lista quinquenal dos maiores filantropos, uma parceria da FORBES com a Shook Research restrita ao dinheiro que na realidade chegou aos beneficiários (e não que ficaram parqueados em fundações à espera de melhores dias, ou facilidades fiscais), pertence a Warren Buffett: neste período, o oráculo de Omaha partilhou 14,7 mil milhões de dólares da sua fortuna (cerca de 12,8 mil milhões de euros). O multimilionário de 89 anos detém as mãos mais largas em cada um dos últimos cinco anos.
O grosso desta fortuna teve na fundação do casal Gates o canal de distribuição, ajudando a instituição de Melinda e Bill a pautar-se como ícone da filantropia, já que estes mesmos canalizaram para ela 8,6 mil milhões de euros da fortuna pessoal. No conjunto, catapultaram, só entre si, para uma média anual de 4 mil milhões de euros as ajudas para o combate à poliomielite, malária e para o tratamento ao HIV/SIDA. Descubra a lista completa dos maiores filantropos do mundo na FORBES de Março.